
Se eu não segurar
Caso a lágrima escorregar
Invento a canção
Se os olhos enfadarem
Se cansarem de enxergar
Invento o sonho
Se ninguém for me seguir
Caso eu tenha de partir
Invento a ilha
Se acaso eu me ferir
Ou até dilacerar
Invento a cura
E para aquilo que não cura
Invento o tempo
Se eu me acostumar
Ou para não enlouquecer
Invento insanidade
Para não me adaptar
E não vir me conformar
Invento a guerra
Se o corpo desejar
E a alma concordar
Invento o deleite
Para lembrar de não errar
Invento a culpa
E para o dolo do pecado
Invento o perdão
Se for hora de lutar
Pelo próprio sangue honrar
Invento a batalha
Se não tiver como voltar
Se em mim vier matar
Invento o novo
E volto forte
Quando não conjecturar
Se a sombra vir pairar
Invento a luz
Invento a luz
Se tiver de disfarçar
Ou precisar expressar
Invento a arte
Quando a dúvida chegar
Em ambigüidade eu me tornar
Invento o inverso
E selo o verso
Se eu parar de respirar
Se a garganta laquear
Invento o ar... aspiro
E inspiro
Para prosseguir
Ou continuar
Para persistir
Ou para recuar
Para progredir
Ou adiantar
Para florescer
Ou para prosperar
Para viver...
Invento
Mas para existir
Eu vento
Invento a arte
Quando a dúvida chegar
Em ambigüidade eu me tornar
Invento o inverso
E selo o verso
Se eu parar de respirar
Se a garganta laquear
Invento o ar... aspiro
E inspiro
Para prosseguir
Ou continuar
Para persistir
Ou para recuar
Para progredir
Ou adiantar
Para florescer
Ou para prosperar
Para viver...
Invento
Mas para existir
Eu vento
Bah, fazia tempo que eu não vinha aqui, não vou mais ficar tanto tempo sem ler, porque ler tudo de uma tacada só é muito forte. Hehehehehe
ResponderExcluirTu mata a pau. Adorei essa ultima poesia e achei muito tua cara.
Beijão pra ti guriazinha!
Lindo isso! Eu adoro quando tu escreve teus “cantos”, mesmo que os “desencantos” sejam excelentes. Vai musicar isso, né?
ResponderExcluirVenta
ResponderExcluirAlice vê
Onde o arvoredo inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que mora ao lado e mais parece outro país
Beijos!
Ju, que coisa. A poesia esta prometida para meu amado do anti-penultimo texto. hehehehehe.
ResponderExcluirBeijos.
Te amo ! ;D
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