
Que lar é este ao qual eu quero voltar?
Se apagou-se o caminho de volta
Se a rua mudou de nome
E os números embaçaram
Se os trinques foram trocados
Onde foi que eu morei por tanto tempo?
Que não consigo localizar o endereço
Que não lembro do bairro, cidade ou país
No desamparo do menino que me conta
Que não tem casa onde ficar
No pai que nem totem recebeu em seu fim
Na mãe que não o reconhece quando vê
Quando a árvore carregada de folhas ancestrais
Apodrece nas raízes
Se apagou-se o caminho de volta
Se a rua mudou de nome
E os números embaçaram
Se os trinques foram trocados
Onde foi que eu morei por tanto tempo?
Que não consigo localizar o endereço
Que não lembro do bairro, cidade ou país
No desamparo do menino que me conta
Que não tem casa onde ficar
No pai que nem totem recebeu em seu fim
Na mãe que não o reconhece quando vê
Quando a árvore carregada de folhas ancestrais
Apodrece nas raízes
E o que morreu quando nasceu?
Qual foi o ventre que gerou a extinção?
Na fragilidade da menina que me diz
Que a pele, só a pele que lhe resta
No irmão que leva o sangue quando vai
Quando ruína, onde se ergue?
E o que resta nos destroços?
Alem de poeira cinza e sujeira
Resto de argamassa de construção
E espírito sem chão
Sem terra para sustentar
Sem teto para resguardar
Sem paredes para conter
Levando só o coração na mão
Foi lá que fui morar
Qual foi o ventre que gerou a extinção?
Na fragilidade da menina que me diz
Que a pele, só a pele que lhe resta
No irmão que leva o sangue quando vai
Quando ruína, onde se ergue?
E o que resta nos destroços?
Alem de poeira cinza e sujeira
Resto de argamassa de construção
E espírito sem chão
Sem terra para sustentar
Sem teto para resguardar
Sem paredes para conter
Levando só o coração na mão
Foi lá que fui morar
(...)
Desobstruiu a garganta, pequeña?
ResponderExcluir"O que não faz o medo, né?"
ResponderExcluirBoa. É aquela velha história de que "quando tu não pode com o teu inimigo..." Talvez, talvez.
Eu já te disse que tem coisas que tu sente, capta, encontra, e reproduz seja como for, que reproduzem o que eu mesma sinto, capto ou encontro?
ResponderExcluirFalar, nao falou, mas eu ouvi, no domingo passado. :-)
ResponderExcluirMe lembrou uma música:
ResponderExcluir"Eu não vejo nada. Tô atrás da porta. Tô no chão do carro. Tô num fundo falso. Eu não sinto nada. Tô desenchufado. Tô perdendo o tato. Tô alienado. Eu não acredito..."
Bah, bem lembrado, hein?
ResponderExcluirSalve Vitor Ramil!
"Tô desencantado
Tô sem compromisso
Tô criando caso
Eu não faça nada
Tô sem movimento
Tô virando estátua
Tô embrutecendo
Eu não quero nada
Tô sem interesse
Tô desapontado
Tô sem endereço"
Que foi essa palavra, desterritorialização!!!
ResponderExcluirEhhhh Manuelita. Tu me tira o chão mesmo!
Mas tb, quem fica sem chão... flutua.
(se isto ficar sem nexo, eu apago amanha,depois que me curar da ressaca que certamente vou ter).
Eu vim reler isso aqui agora.
ResponderExcluir" O que morreu quando nasceu?"
" Qual foi o ventre que gerou a extinção?"
Bah, tu te puxou aqui!
Da-lhe!
;-)