Segue a confissão do tempo  
Na imensidão desta noite cerrada
Fala pelas vozes do Vento
Nos calvários por onde ele curva
Uiva as  palavras que engulo em seco
Abre caminho em meio ao escuro
Circula teus temores e prantos
Retornando a mim, de onde ele vem

Pequenas fagulhas de eternidade
Preenchem a tua ausência
E as árvores secas
Ensinam-me sobre estrelas e fados
Na esperança distante da cidade que congela

Hoje escrevi nas paredes palavras não ditas
O que outrora ardia, congela
Na espera de habitar por esses mundos
Em que o luar dos dias aventurados
Consentem ao sol rasgar a aurora da noite

Abro esta janela a fitar o horizonte
Enquanto o vento me lambe o rosto
E a noite me beija os lábios
Meu olhos trafegam para longe do peito
Lá por onde transitam as novas eras
Que me trazem novos ventos

Um comentário:

  1. comentar o desassossego não dá.. então passo aqui só pra deixar o enderço em que começo a postar o que se apossa de mim: http://deondefalo.blogspot.com/
    se quisseres por lá aparecer será um imenso prazer..
    Abç

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