Eu sou aquela...



Falando um pouquinho de mim, para que eu mesma me lembre quando esquecer. Convido (e desafio) todo mundo a tentar faze-lo, mesmo que nunca seja a totalidade, e nem teria como ser.

(OBS- Fazer de si mesmo, ne?)










Entre aquelas, eu sou aquela...
Que racionaliza tudo, mas que (quase) nunca age com razão.
Que as vezes se corta e se deixa cortar, para lembrar que tem sangue correndo pelas veias.
Que espera, mas nunca sentada.
Que suporta a loucura alheia, mas nem sempre a própria.
Que se passa um pouco, e sempre para mais.
Que ri de si mesma, mas toma cuidado quando ri dos outros.
E falando em rir, que ri da própria desgraça, porque tem coisas que só rindo mesmo.
Que ouve o que não se diz em palavras, mas as vezes se desliga quando os outros estão falando (comigo, o que é pior).

Que sabe que coração é relíquia, e toma cuidado com isso.
Que escreve poesia de madrugada (e às vezes recita versos de madrugada pro dia nascer feliz, mas aí já são outros 500).
Que tem vontade de colocar os amigos no colo, e coloca.
Que exagera, e não sabe viver de outro jeito (mas exageeeeeeeeeeeera mesmo).
Que tem memória fotográfica, mas que esquece as datas importantes (ai!).
Que dá a vida pelos seus, mas que não se arrisca por qualquer bobagem.
Que teima em ficar pulando sem medir a altura do tombo.
Que quando cai geralmente se esborracha. Mas que quando levanta... tem vontade de gritar : “Ahhhhhh, isso é o melhor que pode fazer? Manda mais”. (Mas não grito, vai que Deus escuta).
.
Que pode prestar atenção em um detalhe imperceptível da vida em pleno trânsito, mas as vezes freia em cima da faixa porque não viu o sinal vermelho (cuidado, nem sempre dá tempo de frear).
Que não tem TPM, e nem acredita que ela existe, e acha que é uma bela desculpa feminina (vou apanhar!!!).
Que tem um buraco gigantesco na alma que ninguém pode fechar (mas que as vezes gostaria que alguém conseguisse)
Que não se toca nem um pouco ouvindo um drama-vitimizado, mas se comove quando vê alguém tentando ser engraçado para tapar a dor.

Que detesta ir ao salão de beleza, mas que é vaidosa ao ponto de as vezes querer beijar o espelho (não sei se deveria publicar isso, que coisa mais absurda de se admitir).
Que erra pra caramba, mas sabe como se pede desculpas.
Que chora ouvindo musica.
Que escreve cartas que nunca entregou (e nunca vai entregar).
Que tem muita sorte na vida, mas não fica se fiando muito nisso.

Que não repara no novo corte de cabelo das amigas, mas que se for indagada a dar palpite, não sabe dizer que ficou bom se não achou (ui).
Que geralmente acha graça onde não tem, mas não se priva de um choro bem chorado.
Que tem vergonha de cantar para poucas pessoas, mas que se sente em casa num palco.
Que as vezes queria ser homem, só pra poder dizer “tu deixa de viadagem, e vamos ir tomar uma ceva”.
Que tem saudades, mas tenta se convencer que é “melhor do que caminhar vazio”.
Que sabe que não sabe tanto e que tem muito que aprender, mas acha que já sabe um pouquinho.
Que queria pintar tudo o que vê e parece que ninguém percebeu.
Que liga pra dizer que ama, e que fala que tem saudade quando tem.
Que mesmo entendendo que em certos momentos o melhor é omitir a verdade, mente mal pra caramba, e acaba falando .

Que deixou de ser ingênua há alguns tombos atrás, mas que vai ser romântica até morrer, não tem jeito.
Que viaja sem sair do lugar, e quando vai pra longe que vê o quanto esta perto.
Que quer ter filhos, mas que não sabe se é sensato trazer mais gente para esse mundo cão.
Que corre porque não se conforma de não ter nascido com asas.
Que tem sintomas concomitantes, mas queria (muito, muito) ser normal.
Que faz planos e sonha, mas que sabe que só existe o presente (de fato).
Que tenta se organizar dentro do próprio caos, mas que acha caótica a forma de “organização” do planeta.

Que tem uma dificuldade tremenda em se desligar, sem que seja se desligar completamente(estou vencendo isso).
Que as vezes se acha muito indispensável, mas que já aprendeu que não é tão irresistível assim.
Que tem que estar constantemente se provando pois se tem como maior adversária, e dificilmente se perdoa por errar.

Que fica maníaca jogando, mas até tenta repetir que “perder faz parte do jogo” .
Que no meio da confusão consegue encontrar tranqüilidade, mas que na tranqüilidade tem sempre uma inquietação (maldita).
Que “adora um amor inventado”, mas sabe construir relações sólidas.
Que se acha boa psicóloga, mas péssima paciente (embora siga firme na analise).
Que tem medo de ter medo, e as vezes, de não ter.

Que tem fobia a aglomerados humanos, mas dependendo da situação passa por cima disso (shows principalmente, mas adoraria poder assistir privê).
Que tem amigos tão maravilhosos, que se questiona as vezes se consegue fazer jus a eles.
Que não tem religião, mas que as vezes reza sei lá para quem estiver ouvindo (e agradece também).
Que ama animais e natureza, mas que gostaria de exterminar todas as baratas do planeta, pois acha que elas são ET’s sem a menor utilidade na cadeia alimentar.

Que é usualmente incompreendida, mas que aprendeu que não pode se esperar que os outros compreendam o que nem a gente mesmo entende em si (oh Lord...).
Que não é nenhuma metamorfose ambulante, mas que muda de idéia no meio do caminho (e volta, se necessário).
Que quer estar lá para quem precisa, mas que acha difícil pedir socorro.
Que lê sobre tudo, mas desanima se alguém puxa um assunto chato pra parecer cult.

Que as vezes acha que o dia deveria ter 48 horas, e quando tem tempo de sobra não consegue fazer nada que tinha que fazer.
Que não se impressiona nem um pouco quando a tentam impressionar, e sim quando se esta pouco se lixando pro que os outros vão pensar.
Que tem uma vontade latente de quebrar as regras, mas que nunca trai as suas próprias leis.
Que nas férias tem saudade da vida útil, e na correria sonha com o ócio (quem não tem isso hein?).

Que é do tipo geração saúde, e fuma (e gosta... e bebe, e adora um boteco, afff).
Que quando ama, ama tanto que não cabe em si, ao ponto de se deixar expandir pelo próprio amor.
Que sabe cuidar de quem gosta, mas que tem certa dificuldade em se deixar cuidar.
Que tem o coração quebrado, mas que aprendeu a fazer mosaicos com os pedacinhos.
Que adora a liberdade, mas que finca raízes.
Que perdoa, sempre que pode e que o perdão for sincero, mas acha que tem coisas que não tem perdão.
Que se atrapalha, mas acha que tem uma loucura sã .
E que tem um tesão louco pela vida. Mas as vezes cansa, e quer desaparecer da face da terra sem deixar rastro.

E chega, já me comprometi demais. Viu como sempre me passo?

10 comentários:

  1. Esqueceu de alguns importantes...
    Daquelas, tu és aquela...

    * Que faz o coração da gente se acalmar só porque chegou, porque tem um sorriso de manhã-de-infância;
    * Que escuta os amigos nas horas mais inapropriadas, e incrivelmente vem com uma palavra que muda tudo;
    * Que xinga os homens que te cantam na rua (que nem homem);
    Que é artista ao ponto de transformar “lagrima em canção” (salve Zeca)
    E que és sim, indispensável e insubstituível na minha vida!!!

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  2. Aiiiii, guenta coração!
    Assim tu me matas!!!

    Tu tb es indispensavel e insubstituivel na minha vida guriazinha!

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  3. Muito bom Manuelita!!!

    E eu sou aquele que leu isso tudo, sem a minima surpresa! hahahahaha
    Mas curti a ideia de escrever para se lembrar depois, tem horas que precisa.
    Vou tentar, so nao vou ter o teu colhão de publicar, nao! hehehehe

    Beijos

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  4. E aquela, entre todas aquelas... AQUELA!

    :-)

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  5. Não sou bom que nem tu e a Ju no palavreado, mas vou tentar continuar o teu e o dela:

    É aquela que é mais forte que eu, mesmo eu sendo 3x o tamanho dela
    (não apenas fisicamente, mas o fisicamente abala meu ego masculino)
    E aquela que parece deixar as coisas chatas da vida mais suportáveis
    E os dias cinzas mais coloridos
    E que me fala na cara se fiz merda quando fiz
    E que se importa
    E aquela que me faz pensar que nada é por acaso, mesmo eu sendo o mais cético dos céticos
    E aquela entre aquelas e aqueles que o mundo tanto precisa…
    Obrigada por tudo pequeña!!!

    Beijos

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  6. Mata-me de uma vez!!!
    E uma ressalva... nao sou mais forte que tu, ta exagerando!
    Mas que eu jogo melhor, eu jogo! hahahahaha

    Que bom que tu existe!
    Trilhoes de beijos! :-)

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  7. Amei, e fiz o meu!
    Quer dizer, estou fazendo, isso não tem fim.
    Agora, vem ca...
    Tu por acaso tb ministra curso de mosaico de coração partido? Pq essa eu ainda não aprendi.
    E sim, estou tentando parecer engracada, mas vou parar com essa "viadagem".
    Vamos tomar uma ceva?

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  8. Olha o trecho dessa música, apropriada para nós duas??!!

    we all see you're hiding out so painfully, when your sister turns to leave only when she's most in need, take away the cause of pain by showing her we're all the same have no envy and no fear.

    love you

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  9. Nao molha meu olho assim.
    Love you baby sister.

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